As cartas do Dr. Guillon Ribeiro I

Conversávamos com o Chico Xavier o assunto das cartas, focando os irmãos que se utilizam das mãos para abençoar e escrever e, assim, consolam e medicam. Abençoadamente, escrevem cartas que nos levantam de situações delicadas, cartas que afagam, que são como raios de sol penetrando as sombras de nossos corações doentes.
Lembrávamos-lhe de outras contendo reprimendas, asilando estados de cólera, carregando venenos, bombas, derruindo lares, adoecendo almas e corpos, semeando o mal.
Humberto de Campos, o mago do conto e da crônica, em uma de suas inspiradas Reportagens de Além-Túmulo, cita-nos o mal que uma dessas cartas fez.
Então, o nome querido do saudoso Dr. Guillon Ribeiro vem à tona. E Chico cita-nos o bem que lhe fizeram as cartas do bondoso e culto Espírito que, por muitos anos, a contento geral, foi o Presidente da Casa de Ismael. Citamos-lhe também os nossos casos, pois que os temos muitos, e graças outras obtidas pelas cartas do esclarecido autor do belo livro Nem Homem nem Deus, que melhor definiu a personalidade imácula do Divino Amigo. E concluímos: que esta era a sua especialidade através do que escrevia, mandar seu coração, todo bondade, seu espírito, todo Evangelho, aos lares dos irmãos amigos e até adversários. Ninguém as leria sem que se sentisse visitado por algo balsamizante, que esclarecia e emocionava.
Nesta altura, o Chico particulariza que atravessava uma fase dolorosa no seu mediunato. O Dr. Guillon Ribeiro soube, pois se correspondiam constantemente. E mandou-lhe uma carta que vive, com outras, no meio de seus papéis de estimação. Escreveu-lha, parece-me, com a pena do coração e a tinta do pranto, pois que, ao recebê-la, sentiu-se afagado, esclarecido, emocionado, finalmente, alegrado com a Tarefa árdua que realiza, em nome do Senhor.
E, por algum tempo, ficamos rememorando passagens outras das cartas do grande Irmão, tão modesto quanto bom, que escrevia seus artigos refertos de ensinamentos cristãos e não os assinava. Fazia o bem e escondia-se. E aí está, concluímos, porque busca nas missivas o melhor meio para anonimar-se, fazendo o bem, escrevendo as mais lindas e eruditas páginas sobre doutrina e deixando, nelas, um pouco de si mesmo, raios de luz de seu espírito. As flores do seu coração!
Que Jesus o abençoe!

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